Permabrasuca passa por Minas

O projeto Permabrasuca visitou sete experiências em permacultura em Minas Gerais, incluindo sítios, ONG e agricultores familiares.

As visitas ocorreram principalmente na região do vale do Rio Jequitinhonha e mostram a potência da permacultura, quando aplicada na recuperação de áreas degradadas e nos processos produtivos e de ensino-aprendizagem, desenvolvidos por famílias e instituições de ensino e ONG responsáveis pela popularização da permacultura na região.

Conhecemos a ONG Contraponto, que organiza ações comunitárias, incluindo um CSA que agrupa as produções de famílias e coletivos agricultoras, como o caso de Eustáquio e Lena e das Meninas agrofloresteiras de Alves em Congonhas do Norte.

Visitamos também as experiências dos sítios Ecovida São Miguel e Céu e Terra, dos amigos Peter, Marina, Euro e Mayan, que manejam seus espaços de vida por meio da lógica da permacultura há mais de uma década.

Uma breve parada na Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) para troca de saberes com as colegas Luciana e Maíra, que estão desenvolvendo métodos de ensino-aprendizagem em ciências, utilizando tecnologias sociais.

Na altura do médio vale do Jequitinhonha, conhecemos as ações e iniciativas desenvolvidas por duas ONG, o Centro de Agricultura Alternativa em Turmalina e o Centro Popular de
Cultura e Desenvolvimento em Araçuaí.

As visitas seguem em na região Nordeste do Brasil.

Concluído o 4º CPP para educadores e o I Encontro da Rede NEPerma na Bahia

A Rede NEPerma Brasil, em parceria com a Universidade Federal do Oeste da Bahia e a da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), concluiu esse semana o 4º Curso de Planejamento em Permacultura para academia e o I Encontro da presencial/virtual da Rede.

Aula de leitura da paisagem com prof. Elias Arruda da UFF. Foto: Marcelo Venturi.

O curso visa popularizar a permacultura por meio da formação de educadores e multiplicadores, atores em instituições públicas de ensino e, atende também, extensionistas rurais, agricultores e participantes de comunidades tradicionais e indígenas. As aulas ocorreram entre 16 e 24 de agosto e um total de 33 participantes concluintes seguirão difundindo a lógica da permacultura em diferentes regiões da Bahia, sobretudo no Oeste.

Além da formação, os participantes receberam, também, exemplares impressos da 2ª edição do livro Ensinando Permacultura, além de levarem exemplares extras para catalogação em bibliotecas das instituições onde atuam. Essa iniciativa só foi possível através do apoio financeiro da FAPESB.

O I Encontro da Rede NEPerma Brasil contou com o apoio local do Grupo de Pesquisa em Educação Geográfica, Diálogos de Saberes e Cerrados e do Grupo do Programa de Extensão Laboratório de Vivência e Experiência Pedagógica em Sistemas Agroflorestais Sintrópicos e Pesquisa Participante (LVESAF), do Núcleo de Permacultura Sete Cascas, do Grupo de Pesquisas em Educação e Saúde da Terra e suas Comunidades e do GEPECORES – Grupo de estudos e pesquisas em Ecologia Conservação, Restauração e Sustentabilidade, da UESB de Itapetinga/BA, além do apoio financeiro da FAPESB.

Aula de padrões naturais. Foto: Marcelo Venturi.

No encontro houve a participação 40 pessoas, tanto presencialmente, quando remotamente. Um balanço das ações e atividades da Rede foi apresentado e, após, houve um debate sobre a condução das atuais iniciativas e apresentadas novas propostas para consolidar a Rede no cenário nacional de ensino-aprendizagem da permacultura.

A coordenadora da ação, professora Vanessa Rescia, avalia que a iniciativa de difusão da permacultura em território baiano foi cumprida e uniu diferentes atores estaduais, como a UNEB (Salvador), o Instituto de Permacultura da Bahia (IPB), a APA do Rio Grande, o INEMA, a Escola das Águas Nascentes (Piatã), SAREL e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Camaçari, Associação de Agricultores Familiares Remanescentes de Quilombo da Lagoa de Melquiades e Amâncio, além da UFOB, bem como atores de outras instituições e Estados, como o IFA (AL), IFF (RJ). Uma proposta de criação de uma articulação baiana de permacultura foi apresentada, visando o fortalecimento das inúmeras iniciativas que já ocorrem na Bahia.

O CPP para educadores é uma ação gratuita da Rede NEPerma Brasil para a formação de multiplicadores em Permacultura, uma ação coletiva para a popularização da Permacultura no Brasil.

Permabrasuca visita experiências de permacultura urbana em Sampa

Na semana que passou, o projeto Permabrasuca vistou quatro experiências em permacultura urbana, desenvolvidas na cidade de São Paulo.

Os projetos Horta das corujas, Horta comunitária do Parque Continental, Parque da Joia e Autonomia ZN foram visitados para compreensão detalhada sobre o planejamento dos espaços, desenvolvimento das atividades e estratégias de organização social.

A Horta das corujas foi criada por mulheres em 2012 e opera em um espaço público com realização de cursos e oficinas que buscam polinizar a permacultura.

Horta comunitária do Parque Continental.

O espaço que abriga a Horta do Parque Continental compreende a faixa de domínio de duas linhas de alta tensão, onde moradores próximos iniciaram o plantio individual, em pequenos lotes, de hortaliças e legumes para consumo próprio. As ações de planejamento envolvem, além da produção agroecológica, também, a captação de águas das chuvas de prédios vizinhos, mostrando que áreas ociosas podem produzir alimentos e, moradores podem ceder seus excedentes (águas escoadas) para o benefício comum da comunidade.

Já o espaço do Parque da Joia, segue em planejamento há 12 anos e, na atualidade, passa por uma intensa intervenção com a implantação de sistemas agroflorestais junto ao que no passado fora um aterro de resíduos inertes e uma favela.

Permacultur Lincohn Zappelini em oficinas com crianças da comunidade.

O coletivo Autonomia ZN nos mostra como a permacultura pode promover mudanças sociais com melhorias nas vidas de pessoas que vivem em um bairro periférico, onde o protagonismo auxilia na produção de alimentos e na transmissão de conhecimentos para transformar em soluções, os inúmeros problemas do cotidiano violento de nossas grandes cidades.

As visitas seguem em Minas Gerais e depois para a região Nordeste do Brasil.

Permabrasuca na estrada nas regiões SE e NE

Nós da Rede Brasileira de Núcleos e Estudos em Permacultura estamos desenvolvendo uma pesquisa com objetivo de registrar “técnicas permaculturais” desenvolvidas pelo Brasil afora em cada um de seus contextos, por exemplo, para as realidades de cada bioma.
Para isso estaremos na estrada nos próximos 3 meses para os estados das regiões Sudeste e Nordeste em busca de permacultores (por formação), assentados e originais (povos tradicionais, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, etc.) que desenvolvem uma “cultura de permanência”. Isto é, que estão há gerações vivendo de forma sustentável em seus locais, com o mínimo de necessidade de importação de recursos externos ao seu sistema, que seria o que caracteriza a legítima sustentabilidade, ciclos curtos e fechados.
Se você tiver contatos de parcerias nessa linha, por favor, me informe.
Arthur
neperma.ufsc@gmail.com
Telegram – @arthurnanni
Mastodon – @RedePermaculturaBrasil

FBB certifica tecnologia social “Pirambeira produtiva”

A Fundação Banco do Brasil certificou a tecnologia social “Pirambeira produtiva”, desenvolvida pelo NEPerma/UFSC na área experimental do Núcleo desde 2017, a partir da lógica da permacultura e, busca habilitar para a produção agroecológica, encostas situadas em condições de terrenos declivosos. Sua sistematização caminha no sentido de estabelecer Sistemas Agroflorestais de Carona em encostas fortemente inclinadas, geralmente descartadas por agricultores familiares em virtude das dificuldades de manejo, ou usadas para a produção, mas a custa de muito esforço físico.

Vista aérea da “Pirambeira produtiva” no Sítio Igatu, área experimental do NEPerma, na grande Florianópolis.

A Pirambeira produtiva possibilita o uso desses espaços por meio de dispositivos de manejo pensados para atenderem a ergonomia das pessoas, buscando facilitar o manejo das culturas. Sistematizada para implantar Sistemas Agroflorestais “de carona”, com o uso do pé-de-galinha, instrumento conhecido mundialmente como o “canivete suíço” dos permacultores, por ser de fácil operação e baixo custo para ser construído.

Saiba mais informações sobre a Pirambeira produtiva diretamente no site da Rede Transforma, de tecnologias sociais.