Permabrasuca visita experiências de permacultura urbana em Sampa

Na semana que passou, o projeto Permabrasuca vistou quatro experiências em permacultura urbana, desenvolvidas na cidade de São Paulo.

Os projetos Horta das corujas, Horta comunitária do Parque Continental, Parque da Joia e Autonomia ZN foram visitados para compreensão detalhada sobre o planejamento dos espaços, desenvolvimento das atividades e estratégias de organização social.

A Horta das corujas foi criada por mulheres em 2012 e opera em um espaço público com realização de cursos e oficinas que buscam polinizar a permacultura.

Horta comunitária do Parque Continental.

O espaço que abriga a Horta do Parque Continental compreende a faixa de domínio de duas linhas de alta tensão, onde moradores próximos iniciaram o plantio individual, em pequenos lotes, de hortaliças e legumes para consumo próprio. As ações de planejamento envolvem, além da produção agroecológica, também, a captação de águas das chuvas de prédios vizinhos, mostrando que áreas ociosas podem produzir alimentos e, moradores podem ceder seus excedentes (águas escoadas) para o benefício comum da comunidade.

Já o espaço do Parque da Joia, segue em planejamento há 12 anos e, na atualidade, passa por uma intensa intervenção com a implantação de sistemas agroflorestais junto ao que no passado fora um aterro de resíduos inertes e uma favela.

Permacultur Lincohn Zappelini em oficinas com crianças da comunidade.

O coletivo Autonomia ZN nos mostra como a permacultura pode promover mudanças sociais com melhorias nas vidas de pessoas que vivem em um bairro periférico, onde o protagonismo auxilia na produção de alimentos e na transmissão de conhecimentos para transformar em soluções, os inúmeros problemas do cotidiano violento de nossas grandes cidades.

As visitas seguem em Minas Gerais e depois para a região Nordeste do Brasil.

Permabrasuca inicia pesquisas na região Norte do país

O projeto de pesquisa Permabrasuca, desenvolvido pela equipe do NEPerma/UFSC continua com as visitas a experiências permaculturais Brasil afora, registrando as permaculturas brasileiras. Agora chegamos à região norte, com o permacultor Marcelo Venturi, onde voltaremos ao longo deste ano de 2024 a diferentes estados e seus contextos dentro do rico bioma amazônico.

Nesta primeira etapa nesta região estamos visitando os estados de Roraima e Amazonas, onde por meio de contatos com permacultores, entidades, associações, grupos indígenas, ribeirinhos, assentados e agricultores tradicionais, em seus diferentes contextos e técnicas, buscamos levantar, entender e descrever no projeto Permacultura brasileira, trazendo informações de uma permacultura mais “brasuca” a todas/os que a praticam em seu dia a dia.

Se interessou? Gostaria de participar ou sabe de alguém, ou alguma experiência exitosa em permacultura? Inscreva-se aqui. Esperamos em breve contatar para conhecer essa experiência.

Somos gratos aos parceiros que têm nos acolhido e tornando viável a realização dessa pesquisa. Nesta viagem, em especial aos colegas das IFES: UFRR e UFAM, Carlos ‘Cacau’ Alberto Cardoso, Pierre André De Souza (campus Itacoatiara), seus grupos de pesquisa e redes de parceiros e apoios. Os custos desse projeto estão sendo bancados com recursos próprios dos pesquisadores. Se você deseja fomentar de alguma uma forma a continuidade desse projeto, entre em contato conosco.

Permabrasuca inicia visitas de campo na região SE

Geraldo Dutra, parceiro de longa data revelando as permaculturas da região do Caparaó capixaba.

O projeto de pesquisa Permabrasuca, desenvolvido pela equipe do NEPerma/UFSC iniciou as visitas à experiências permaculturais Brasil afora. Um total de sete locais de prática de permacultura foram conhecidos na região Sudeste, revelando a diversidade de permaculturas brasileiras que temos.

No estado do Espírito Santo os pesquisadores conheceram o projeto plantadores de água, na região do Caparaó Capixaba. Geraldo Dutra, articulador e educador ambiental, hospedou e acompanhou nossa equipe na visita a locais como o Sítio Jaqueira e a unidade rural do agricultor Rivelino, ambas desenvolvedoras de técnicas como as caixas cheias e secas que permitem manter as águas na paisagem por mais tempo, gerando assim mais riqueza hídrica às unidades rurais e permitindo mais autonomia na produção de alimentos agroecológicos.

Família Canova em Alegre-ES.

Ainda na cidade de Alegre/ES, a equipe teve a oportunidade de visitar a unidade rural da família Canova, que hoje conta com o agricultor Santos, sua mãe Nelci e a irmã Rogéria, que seguem mantendo vivos os conhecimentos de seu pai, Waldecy Canova, numa área de 6ha com alto grau de autonomia alimentar, tida como referência em permacultura no Brasil. O agricultor Waldeci Canova deixou um legado de sabedoria no desenvolvimento de sistemas agroflorestais estratificados com alta produtividade e alto grau de resiliência.

Adriana Galbiati na ecovila Jurema em Baependi/MG.

No estado de Minas Gerais a colega Adriana Galbiati, referência nacional na temática do manejo ecológico das águas, acolheu e acompanhou nossa equipe em Baependi em visita a uma família neorrural que lá reside há seis anos e em outras duas ecovilas que estão em fase de implementação. Projetos coletivos que mostram o movimento neorrural acontecendo com força na região.

No roteiro de visitas, conhecemos ainda outra família neorrural em Ibiúna/SP com o desenvolvimento da agricultura natural em uma área de 2ha.

Diferentes contextos e técnicas estão sendo levantadas, entendidas e descritas no projeto Permacultura brasileira, que segue em desenvolvimento, para trazer informações de uma permacultura mais “brasuca” a todos/as que a praticam em seu dia a dia.

Se interessou? Gostaria de participar ou sabe de alguém, ou alguma experiência exitosa em permacultura? Inscreva-se aqui. Esperamos em breve contatar para conhecer essa experiência.

Somos gratos aos parceiros que têm nos acolhido e tornando viável a realização dessa pesquisa. Os custos desse projeto estão sendo bancados com recursos próprios dos pesquisadores. Se você deseja fomentar de alguma uma forma a continuidade desse projeto, entre em contato conosco.

Participe da pesquisa “Permacultura brasileira”

O NEPerma/UFSC em parceria com a Rede NEPerma Brasil iniciará em fevereiro o projeto de pesquisa Permacultura Brasileira, apelidado de Permabrasuca, que busca compreender, sistematizar e revelar como evoluiu a permacultura (cultura de permanência) passados 30 anos de interações no Brasil.

Uma equipe de pesquisadores do NEPerma/UFSC irá a campo conhecer experiências em permacultura em nível nacional. A pesquisa tem a expectativa de gerar produtos consolidados de consulta e suporte à tomada de decisão, para fomentar a popularização da permacultura no Brasil.

Você vive a permacultura ou conhece experiências de cultura permanente? Ficou com vontade de participar?

Inscreva-se aqui para construirmos juntos uma permacultura com cara brasuca.