Permabrasuca na estrada nas regiões SE e NE

Nós da Rede Brasileira de Núcleos e Estudos em Permacultura estamos desenvolvendo uma pesquisa com objetivo de registrar “técnicas permaculturais” desenvolvidas pelo Brasil afora em cada um de seus contextos, por exemplo, para as realidades de cada bioma.
Para isso estaremos na estrada nos próximos 3 meses para os estados das regiões Sudeste e Nordeste em busca de permacultores (por formação), assentados e originais (povos tradicionais, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, etc.) que desenvolvem uma “cultura de permanência”. Isto é, que estão há gerações vivendo de forma sustentável em seus locais, com o mínimo de necessidade de importação de recursos externos ao seu sistema, que seria o que caracteriza a legítima sustentabilidade, ciclos curtos e fechados.
Se você tiver contatos de parcerias nessa linha, por favor, me informe.
Arthur
neperma.ufsc@gmail.com
Telegram – @arthurnanni
Mastodon – @RedePermaculturaBrasil

FBB certifica tecnologia social “Pirambeira produtiva”

A Fundação Banco do Brasil certificou a tecnologia social “Pirambeira produtiva”, desenvolvida pelo NEPerma/UFSC na área experimental do Núcleo desde 2017, a partir da lógica da permacultura e, busca habilitar para a produção agroecológica, encostas situadas em condições de terrenos declivosos. Sua sistematização caminha no sentido de estabelecer Sistemas Agroflorestais de Carona em encostas fortemente inclinadas, geralmente descartadas por agricultores familiares em virtude das dificuldades de manejo, ou usadas para a produção, mas a custa de muito esforço físico.

Vista aérea da “Pirambeira produtiva” no Sítio Igatu, área experimental do NEPerma, na grande Florianópolis.

A Pirambeira produtiva possibilita o uso desses espaços por meio de dispositivos de manejo pensados para atenderem a ergonomia das pessoas, buscando facilitar o manejo das culturas. Sistematizada para implantar Sistemas Agroflorestais “de carona”, com o uso do pé-de-galinha, instrumento conhecido mundialmente como o “canivete suíço” dos permacultores, por ser de fácil operação e baixo custo para ser construído.

Saiba mais informações sobre a Pirambeira produtiva diretamente no site da Rede Transforma, de tecnologias sociais.

Permabrasuca inicia pesquisas na região Norte do país

O projeto de pesquisa Permabrasuca, desenvolvido pela equipe do NEPerma/UFSC continua com as visitas a experiências permaculturais Brasil afora, registrando as permaculturas brasileiras. Agora chegamos à região norte, com o permacultor Marcelo Venturi, onde voltaremos ao longo deste ano de 2024 a diferentes estados e seus contextos dentro do rico bioma amazônico.

Nesta primeira etapa nesta região estamos visitando os estados de Roraima e Amazonas, onde por meio de contatos com permacultores, entidades, associações, grupos indígenas, ribeirinhos, assentados e agricultores tradicionais, em seus diferentes contextos e técnicas, buscamos levantar, entender e descrever no projeto Permacultura brasileira, trazendo informações de uma permacultura mais “brasuca” a todas/os que a praticam em seu dia a dia.

Se interessou? Gostaria de participar ou sabe de alguém, ou alguma experiência exitosa em permacultura? Inscreva-se aqui. Esperamos em breve contatar para conhecer essa experiência.

Somos gratos aos parceiros que têm nos acolhido e tornando viável a realização dessa pesquisa. Nesta viagem, em especial aos colegas das IFES: UFRR e UFAM, Carlos ‘Cacau’ Alberto Cardoso, Pierre André De Souza (campus Itacoatiara), seus grupos de pesquisa e redes de parceiros e apoios. Os custos desse projeto estão sendo bancados com recursos próprios dos pesquisadores. Se você deseja fomentar de alguma uma forma a continuidade desse projeto, entre em contato conosco.

Permabrasuca inicia visitas de campo na região SE

Geraldo Dutra, parceiro de longa data revelando as permaculturas da região do Caparaó capixaba.

O projeto de pesquisa Permabrasuca, desenvolvido pela equipe do NEPerma/UFSC iniciou as visitas à experiências permaculturais Brasil afora. Um total de sete locais de prática de permacultura foram conhecidos na região Sudeste, revelando a diversidade de permaculturas brasileiras que temos.

No estado do Espírito Santo os pesquisadores conheceram o projeto plantadores de água, na região do Caparaó Capixaba. Geraldo Dutra, articulador e educador ambiental, hospedou e acompanhou nossa equipe na visita a locais como o Sítio Jaqueira e a unidade rural do agricultor Rivelino, ambas desenvolvedoras de técnicas como as caixas cheias e secas que permitem manter as águas na paisagem por mais tempo, gerando assim mais riqueza hídrica às unidades rurais e permitindo mais autonomia na produção de alimentos agroecológicos.

Família Canova em Alegre-ES.

Ainda na cidade de Alegre/ES, a equipe teve a oportunidade de visitar a unidade rural da família Canova, que hoje conta com o agricultor Santos, sua mãe Nelci e a irmã Rogéria, que seguem mantendo vivos os conhecimentos de seu pai, Waldecy Canova, numa área de 6ha com alto grau de autonomia alimentar, tida como referência em permacultura no Brasil. O agricultor Waldeci Canova deixou um legado de sabedoria no desenvolvimento de sistemas agroflorestais estratificados com alta produtividade e alto grau de resiliência.

Adriana Galbiati na ecovila Jurema em Baependi/MG.

No estado de Minas Gerais a colega Adriana Galbiati, referência nacional na temática do manejo ecológico das águas, acolheu e acompanhou nossa equipe em Baependi em visita a uma família neorrural que lá reside há seis anos e em outras duas ecovilas que estão em fase de implementação. Projetos coletivos que mostram o movimento neorrural acontecendo com força na região.

No roteiro de visitas, conhecemos ainda outra família neorrural em Ibiúna/SP com o desenvolvimento da agricultura natural em uma área de 2ha.

Diferentes contextos e técnicas estão sendo levantadas, entendidas e descritas no projeto Permacultura brasileira, que segue em desenvolvimento, para trazer informações de uma permacultura mais “brasuca” a todos/as que a praticam em seu dia a dia.

Se interessou? Gostaria de participar ou sabe de alguém, ou alguma experiência exitosa em permacultura? Inscreva-se aqui. Esperamos em breve contatar para conhecer essa experiência.

Somos gratos aos parceiros que têm nos acolhido e tornando viável a realização dessa pesquisa. Os custos desse projeto estão sendo bancados com recursos próprios dos pesquisadores. Se você deseja fomentar de alguma uma forma a continuidade desse projeto, entre em contato conosco.

Participe da pesquisa “Permacultura brasileira”

O NEPerma/UFSC em parceria com a Rede NEPerma Brasil iniciará em fevereiro o projeto de pesquisa Permacultura Brasileira, apelidado de Permabrasuca, que busca compreender, sistematizar e revelar como evoluiu a permacultura (cultura de permanência) passados 30 anos de interações no Brasil.

Uma equipe de pesquisadores do NEPerma/UFSC irá a campo conhecer experiências em permacultura em nível nacional. A pesquisa tem a expectativa de gerar produtos consolidados de consulta e suporte à tomada de decisão, para fomentar a popularização da permacultura no Brasil.

Você vive a permacultura ou conhece experiências de cultura permanente? Ficou com vontade de participar?

Inscreva-se aqui para construirmos juntos uma permacultura com cara brasuca.